Discurso de Lula da Silva (excerto)

___diegophc

domingo, 6 de setembro de 2009

Barco Negro - versões de Amália Rodrigues e de Mariza


.
.
Ícone do canal

bu4kjp

.
Paisagens de Portugal, especialmente Lisboa e Sintra
.


.
.
Ícone do canal

mitras

.
Mariza - Live Concert in London-song Barco Negro Barco Negro is one of the songs Mariza performed during her concert in the Union Chapel, London-UK in 2003. The full concert can be seen on the DVD "Live in London". An Amália Rodrigues original song... EXCELLENT EXELLENT QUALITY
.
Um fado brasileiro: «Mãe Preta» e «Barco Negro»

Em meados dos anos 50 (1954) dois brasileiros, Piratini (Antônio Amábile) e Caco Velho (Matheus Nunes) criaram uma notável canção cujo texto e música dispensam comentários (é ouvir e ler): "Mãe preta".

.

O texto foi proibido em Portugal. David Mourão-Ferreira escreveu outro texto, também bom, que nada tinha que ver com o brasileiro – "Barco negro". Amália Rodrigues tornou a música mundialmente famosa. No texto português a tragédia do pescador tinha substituído a tragédia da exploração e do racismo.

.

Em 1978 Amália Rodrigues gravou "Mãe preta".

.

Mais recentemente, "Barco negro" foi gravado por Mariza e Ney Matogrosso (este para uma telenovela brasileira – "O Quinto dos Infernos") e "Mãe preta" por Dulce Pontes num dos seus mais notáveis discos.

.

Mãe preta

.

(Piratini e Caco Velho)

.

velha encarquilhada
carapinha branca
gandola de renda
caindo na anca
embalando o berço
do filho do sinhô
que há pouco tempo
a sinhá ganhou
era assim que mãe preta fazia
criava todo branco
com muita alegria
enquanto na senzala
seu bem apanhava
mãe preta mais uma lágrima enxugava
mãe preta, mãe preta,
mãe preta, mãe preta
enquanto a chibata
batia em seu amor
mãe preta embalava
o filho branco do sinhô

.

Barco Negro
.

(David Mourão-Ferreira)
.
De manhã, que medo, que me achasses feia!
Acordei, tremendo, deitada n'areia
Mas logo os teus olhos disseram que não,
E o sol penetrou no meu coração.[Bis]
.
Vi depois, numa rocha, uma cruz,
E o teu barco negro dançava na luz
Vi teu braço acenando, entre as velas já soltas
Dizem as velhas da praia, que não voltas:
.
São loucas! São loucas!
.
Eu sei, meu amor,
Que nem chegaste a partir,
Pois tudo, em meu redor,
Me diz qu'estás sempre comigo.[Bis]
.
No vento que lança areia nos vidros;
Na água que canta, no fogo mortiço;
No calor do leito, nos bancos vazios;
Dentro do meu peito, estás sempre comigo

.
.

Sem comentários: